Resenhando... ''O Primo Basílio''

Olá ''pessouinhas quiridas''; como vocês estão? 
Há quanto tempo hein? Quase seis meses sem dar o ar da minha graça em meu próprio espaço de pitacos, o qual carinhosamente escrevo como Donna Pepper! シ Pois bem, eis-me aqui novamente e trazendo uma resenha do último livro que li (''acabei de acabar'' - pleonasmo intencional - agorinha mesmo e vim correndo escrever enquanto está fresquinho na memória). Na verdade é a quarta vez que leio O Primo Basílio, tenho a sorte de ter um exemplar que comprei em  cerca de 1999 se não me engano (paguei bem baratinho!!) e o li pela terceira vez em 2002. É... parece incrível, mas acabo me esquecendo ou misturando as histórias, portanto como ando meio sem ter o que fazer, se é que isto seja possível para uma jovem senhora, dona de casa, esposa, mãe de três lindos filhos e mais um a caminho ( ohh céus!! era segredo!! agora já foi, falei,  digo;''escrevi'' não vou apagar!!) e blogueira amadora por paixão, li outra vez!
Não sei se já disse antes, devo ter dito; sou apaixonada por romances clássicos, não importa o autor, é clássico? Do século XIX ou XVIII? Quero!! Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

O Primo Basílio de Eça de Queirós por Donna Pepper


The Opera - Clarence Underwood

É verão no Velho Mundo. Lisboa está agitada sob sol o escaldante, o calor parece trazer a uma sensação de amolecimento e ao mesmo tempo um frenesi em todos os habitantes da velha cidade portuguesa. As ruas estão cheias, o burburinho dos jovens nas praças é ouvido a distância, senhoras passeiam ao sol nos alegres finais de tardes  com suas ricamente adornadas sombrinhas de seda e renda e seus chapéus dominicais. A noite deixa o ar quente e o céu claro muito estrelado, parece convidar os amantes a viverem livremente suas  ardentes e secretas paixões.
Luísa e Jorge estão desfrutando de suas vidinhas pacatas de casados e sem filhos no frescor de seu lar onde tudo parece ser perfeitamente composto; a não ser pela figura fria e amargurada da criada Juliana que vive a assombrar Luísa pelos cantos da casa, a qual ela desenvolve uma antipatia cada vez mais repulsiva.
Mas o ninho de núpcias do perfeito casal fica vazio quando Jorge, à trabalho, precisa se ausentar em viagem ao Alentejo que dura cerca de três meses. Luísa desconsolada entrega-se aos seus romances, os livros e o piano são agora seu companheiro até que a um visitante bate-lhe a porta. 
É Basílio, o primo, que  ha muito não via, retornara do Brasil ainda mais galante do que ha alguns anos quando tiveram um namorico. Uma tórrida paixão envolve Luísa quase que imediatamente. Basílio era agora tudo o que ela desejara em um homem, tudo o que ela queria viver para si. Ele, a amava ardentemente, suas palavras, as lembranças da juventude, dos tempos de namoro eram claras em suas memórias e fazia dela a mulher mais desejada e inesquecível que já conhecera em todas suas viagens pelo mundo. 
Era o verdadeiro Paraíso. Os amantes não se cabiam em si,  deixavam-se levar pelo desejo, pela paixão, pela sensação excitante que aquele romance proibido proporcionava a ambos. Ela sentia-se mais viva do que nunca, ele, realizando-se! Até que um bilhete de Luísa é descoberto pela criada, Juliana, que já vivia as espreitas em busca de algo que pudesse lhe render algum tesouro...
Do Paraíso ao limbo; o caloroso romance agora está em perigo e Luísa precisa desesperada e urgentemente encontrar uma saída antes que todos seus sonhos de felicidades sem fim nos braços de seu amado acabe em maus lençóis.

Capa: Casa Persa da Rosário - Dall'Ara. Óleo sobre tela 1914.
Edição impressa especialmente para o Jornal Zero/Klick Editora, São Paulo, setembro de 1998.

O livro é excelente, dispensa maiores apresentações tanto da obra como do renomado autor. Se você ainda não leu, sugiro que não perca mais tempo! O enredo é envolvente, daquelas histórias que te fazem querer fazer parte, conhecer os personagens, interferir na trajetória, dar um outro desfecho. Eu me diverti e tive vontade de esganar umas certas criaturas, até esbocei mentalmente um outro final para pobre Juliana, não sei porque, tenho um fraco por vilões e vilãs! Rsrs.

Beijos literários.
Donna Pepper

Donna Pepper

Muito obrigada por sua visita, espero que tenha gostado do viu por aqui e espero ter a honra de seu retorno. Sua opinião é muito importante, conto com seu comentário. Beijinhos.

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